Para o advogado de defesa de Vagner Sales, Gilson Pescador, está havendo “antecipação” por parte de seus adversários.
O advogado da
Frente Popular (FPA) e o promotor eleitoral de Cruzeiro do Sul, Iverson
Bueno se anteciparam as decisões de cortes superiores e protocolaram
duas petições de nº 2463 e 2440, no Tribunal Regional Eleitoral do Acre
(TRE-AC), pedindo o afastamento de Vagner Sales (PMDB), do cargo de
prefeito de Cruzeiro do Sul. A alegação seria que o processo de peculato
contra Sales teria transitado em julgado no Tribunal Regional Federal
da Primeira Região e a acusação é do advogado Gilson Pescador,
contratado para defender o prefeito da segunda maior cidade do Acre.
“O promotor eleitoral de Cruzeiro do Sul, que não entrou com recurso
contra a expedição do registro de candidatura de Vagner Sales, estaria
tentando consertar um erro que foi cometido no início do processo
eleitoral, quando os registros são analisados e deferidos ou
indeferidos. O advogado da FPA busca levar a eleição no tapetão, já que a
coligação perdeu duas eleições consecutivas para o prefeito
peemedebista”, diz Pescador.
Segundo o defensor de Vagner Sales, “o advogado da FPA e o promotor
eleitoral tentam induzir o juiz a erro ao pedir afastamento de Vagner
Sales”. E vai mais além: “O relator do processo eleitoral contra Sales
no TRE encaminhou despacho ao juiz eleitoral da 4ª Zona, certificando o
transito em julgado do processo criminal, cometendo um equivoco, já que o
processo ainda está em fase de recursos no Superior Tribunal de Justiça
e Supremo Tribunal Federal”.
“A Frente Popular induziu o juiz a erro ao passar a informação em
órgãos de comunicação, que o processo criminal de Vagner Sales teria
transitado em julgado. O processo encontra-se no TRF recebido do STF e
agora, volta ao STF para apreciação de recurso extraordinário. A folha
55 juntada pela própria FPA ao processo é uma certidão comprovando que
os autos de instrumento em recurso extraordinário ainda aguarda
decisão”, diz Pescador.
Para o advogado de defesa do prefeito de Cruzeiro do Sul, os
advogados da FPA e o promotor eleitoral estariam tentando tumultuar o
tramite processual. A defesa de Sales acrescenta que, caem por terra as
afirmações dos advogados da FPA, que disseram que não entraram com o
pedido de impugnação do registro da candidatura do prefeito, porque
desconheciam o processo e o mesmo corria em segredo de Justiça.
“Eles não só conheciam o processo, como pegaram uma decisão do STJ e
usaram no processo eleitoral, antes mesmo que a ação baixasse e a
Justiça Eleitoral do Acre recebesse qualquer comunicado da Justiça
Federal. Os interessados na cassação de Vagner Sales agem mais rápido
que o próprio TRF, em comunicar a Justiça Federal, que por sua vez seria
a responsável por pedir o cumprimento da decisão”, enfatiza Gilson
Pescador.
Os advogados de defesa de Vagner Sales estarão na segunda-feira (18),
com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o relator do
processo eleitoral contra o prefeito de Cruzeiro do Sul, para informar
“o lamentável e preocupante equivoco processual. Não vamos aceitar este
tipo de coisa. Esta atitude é falta de ética profissional que não pode
ser tolerada e os autores precisam ser responsabilizados”, destaca
Gilson Pescador.
O pedido de afastamento de Vagner Sales está sendo feito com base em
um processo que também respondem o vice-governador do Acre, César
Messias (PSB), o presidente da Aleac, Elson Santiago (PEN), o
conselheiro do TCE, Ronald Polanco, o senador Sérgio Petecão, o deputado
Chagas Romão (PMDB), o deputado Helder Paiva (PEN) e o secretário de
Direitos Humanos do Governo do Acre, Nilson Mourão (PT).
A denúncia foi formalizada por um grupo de “marajás” da Assembleia
Legislativa do Acre (Aleac), que tiveram seus supersalários cassados
pelos deputados da legislatura de 1995 a 1998.
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